
Um homem que mora na comunidade dos Virginios, em Mâncio Lima, está internado no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, se recuperando de uma picada de cobra surucucu. 6j692z
Os médicos fizeram duas aberturas na perna do jovem para drenar o veneno. Segundo informações, o rapaz foi picado pela serpente quando descia de um pé de açai. O nome da vítima não foi divulgado.
Nesta época do ano os casos de picadas de cobras aumentam na região. A surucucu pode alcançar mais de 3 metros de comprimento e tem, no final de sua cauda, escamas arrepiadas. As escamas de seu corpo são semelhantes à casca de uma jaca – daí o nome popular da espécie.
Ela é a única serpente do gênero Lachesis presente no Brasil, e pode ser encontrada em grande parte da Amazônia, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso; e na zona norte da Mata Atlântica, entre os estados do Ceará e o Rio de Janeiro.
A pessoa que se deparar com uma surucucu e levar uma mordida vai sofrer com a grande potência do seu veneno, que tem ação citotóxica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Ele provoca reações similares às causadas pelo veneno das jararacas, como inchaço, dor local, necrose, problemas de coagulação, hipotensão, além de diarreia e diminuição do ritmo cardíaco, podendo levar ao choque e, em casos graves, até mesmo ao óbito. A única forma de tratamento contra a picada de surucucu é o soro antibotrópico-laquético, produzido pelo Instituto Butantan.