
A coordenadora da Operação Suçuarana e gerente do ICMBio na região Norte, Carla Lessa, afirmou que a retirada de gado ilegal da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, não prejudica pequenos produtores, nem a população extrativista que vive na unidade. 2q3a1u
Segundo ela, a ação tem como alvo áreas de pecuária ilegal ocupadas por pessoas que foram notificadas reiteradas vezes para desocupar o território, inclusive por decisões judiciais, mas optaram por permanecer de forma irregular.

“Essas pessoas foram notificadas pelo ICMBio para retirar o gado e sair dessas áreas de forma reiterada, inclusive pela Justiça, mas não cumpriram as determinações legais”, disse.
De acordo com Carla Lessa, circulam nas redes sociais informações falsas sobre a operação, que têm gerado desinformação sobre os objetivos do ICMBio. “Não é verdade que o ICMBio está prejudicando o pequeno produtor rural”, afirmou.
A gestora reforçou que a reserva é uma terra pública federal criada em 1990 com a finalidade de garantir o uso sustentável dos recursos florestais por populações extrativistas tradicionais, e que cabe ao órgão fiscalizar o cumprimento do plano de utilização definido pelos próprios moradores da reserva. “Essas pessoas definiram um plano de utilização do território que deve ser cumprido, e cabe ao ICMBio fiscalizar esse uso”, explicou.
Ela destacou que o aumento do desmatamento e a introdução de grandes rebanhos bovinos nos últimos anos têm descaracterizado a unidade de conservação. “Infelizmente, nos últimos anos, houve invasões, desmatamento desenfreado e colocação de gado em grandes áreas da reserva, descaracterizando a unidade”, declarou.
A coordenadora pediu a colaboração da sociedade para garantir a efetividade da fiscalização e a preservação do território. “É importante a colaboração de todos para que o ICMBio consiga cumprir sua missão de conservar as reservas extrativistas para as populações beneficiárias e para a conservação da floresta amazônica no Acre e de todo o planeta”, concluiu.