VÍDEO: concurso da Educação – candidatos denunciam que lacres de pacotes de provas estariam rompidos 6r6i1f

O ContilNet recebeu denúncias sobre supostas irregularidades no concurso da Educação, aplicado neste domingo (14) em todo o Acre. Os pacotes de provas teriam sido entregues sem lacre em uma das salas da Escola Bem Fica, no bairro Vila Acre. 23p2p

Os candidatos relataram que o pacote entregue em uma das salas estava sem o lacre e, por isso, toda a turma se recusou a fazer o concurso. Um vídeo enviado à reportagem mostra uma representante do Ministério Público do Acre (MPAC) conversando com os candidatos sobre o ocorrido.

“As três pessoas identificaram que o lacre estava aberto. As outras salas fizeram a prova, e só essa se recusou. Os outros identificaram, mas estão fazendo a prova. Vamos pegar os nomes deles e registrar que constataram a situação, mas fizeram a prova”, disse a representante do órgão.

O que diz a banca 4u3q37

A reportagem entrou em contato com a empresa Nosso Rumo, responsável pela realização do concurso, para obter informações sobre o ocorrido. A banca negou que os lacres estivessem rompidos.

“Não, nós não recebemos essas denúncias. Acho que foram apenas para vocês. O que acontece? O lacre não foi rompido. É muito importante usar as denominações corretas, porque são vários materiais. Vamos começar pelo malote de provas. Dentro do malote, o conteúdo das provas está lacrado em seus devidos envelopes, ok? Então, qual é o processo? O material sai daqui de São Paulo, com uma lauda de fechamento dos malotes e seu respectivo lacre. Cada lacre possui numeração, código de barras e a logomarca do Nosso Rumo. Ele não pode ser substituído. É uma numeração única e o lacre se torna rastreável, por conta do processo de rastreabilidade que realizamos”, explicou Paulo Guilherme, representante da banca.

A banca alega que houve apenas um deslizamento do pacote, em razão de uma condição retórica.

“É um devaneio. O malote não veio aberto. O lacre não foi rompido. Houve apenas um deslizamento um pouco fora do normal, devido a uma condição retórica do lacre. Mas vamos observar: qual foi o trajeto e o caminho? O malote saiu daqui de São Paulo, foi direto para a Secretaria de Educação e foi guardado lá, com registro em ata e lauda. Ok. No dia da aplicação, o coordenador retirou os malotes e os levou para o local de aplicação. Então, não há a menor sombra de dúvida sobre a regularidade e autenticidade do processo, por conta do procedimento adotado. Foi só no momento de desclipar, de rompê-lo, que houve esse deslizamento, um pouco mais fácil do que o convencional. Portanto, não estava rompido. […] Todos os protocolos foram cumpridos: lisura, credibilidade e pontualidade estão garantidas, conforme documentação”, destacou.

“O Ministério Público estava presente nesse local de aplicação. Lavramos uma ata, e tudo está sob tutela de policiamento, de agentes de fiscalização da unidade escolar — que são agentes do governo — e do Ministério Público. Quanto à regularidade do processo, ela está 100% assegurada. Essa é a nossa posição, pois temos material de defesa, caso isso seja judicializado. Estamos muito seguros e tranquilos quanto a isso”, acrescentou.

Paulo afirmou ainda que apenas o candidato que divulgou os vídeos foi eliminado do certame, por ter rompido o lacre do pacote onde estava guardado o aparelho celular.

“Se não me engano, foi apenas uma pessoa que se recusou a fazer a prova. Os demais foram convencidos a continuar. Essa pessoa que enviou os vídeos para vocês teve sua prova anulada porque rompeu o lacre do envelope onde estava o celular para fazer as gravações. Então, foi uma única pessoa que se recusou a fazer a prova; o restante participou normalmente. O processo está totalmente regular. Ela tentou incitar os demais candidatos a aderirem à sua posição, mas não teve sucesso. É uma contra 153 mil”, finalizou.